{"id":7748,"date":"2018-02-27T14:00:42","date_gmt":"2018-02-27T14:00:42","guid":{"rendered":"http:\/\/www.jeanlambertmep.org.uk\/?page_id=7748"},"modified":"2018-02-28T11:15:04","modified_gmt":"2018-02-28T11:15:04","slug":"brexit-e-saude","status":"publish","type":"page","link":"https:\/\/jeanlambertmep.org.uk\/eu-and-brexit\/brexit-eu-in-other-languages\/portugues-2\/brexit-e-saude\/","title":{"rendered":"Brexit e sa\u00fade"},"content":{"rendered":"

O Brexit pode ser devastador para os doentes e para a sa\u00fade p\u00fablica. Isso deve-se, em grande parte, ao facto de os regulamentos da UE harmonizados terem um benef\u00edcio avassalador: garantem um elevado n\u00edvel de seguran\u00e7a.<\/p>\n

\u00c9 fulcral que as negocia\u00e7\u00f5es decorram com precau\u00e7\u00e3o, uma vez que quaisquer altera\u00e7\u00f5es ao atual regime regulat\u00f3rio podem ter um impacto significativo no fornecimento de medicamentos e tecnologias m\u00e9dicas, tanto para doentes no Reino Unido como na UE27.<\/p>\n

Num cen\u00e1rio em que n\u00e3o exista acordo, ou no caso de n\u00e3o sermos capazes de conseguir um acordo adequado, \u00e9 poss\u00edvel que os doentes sejam sujeitos a atrasos no fornecimento de determinados medicamentos e tecnologias. Alguns destes medicamentos e dispositivos poder\u00e3o mesmo deixar de ser disponibilizados.<\/p>\n

De acordo com o Brexit Health Alliance, s\u00e3o enviados anualmente 37 milh\u00f5es de pacotes para doentes da UE para o Reino Unido. Alguns destes s\u00e3o pacotes para acidentes e emerg\u00eancias. Estes s\u00e3o enviados da UE para o Reino Unido horas ap\u00f3s a realiza\u00e7\u00e3o de um pedido e s\u00e3o especialmente necess\u00e1rios durantes emerg\u00eancias inesperadas de grandes dimens\u00f5es. Os medicamentos contidos nestes pacotes t\u00eam um per\u00edodo de conserva\u00e7\u00e3o relativamente reduzido, o que significa que n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel o abastecimento antecipado. Pensa-se que as inspe\u00e7\u00f5es aduaneiras do Brexit podem resultar, no melhor dos cen\u00e1rios, num atraso de cinco horas no fornecimento. Este tempo \u00e9 crucial em situa\u00e7\u00f5es de vida ou morte.<\/p>\n

Provavelmente, o Reino Unido ir\u00e1 tamb\u00e9m enfrentar problemas relacionados com licen\u00e7as m\u00e9dicas. Existem atualmente no mercado do Reino Unido 978 medicamentos que receberam autoriza\u00e7\u00e3o de introdu\u00e7\u00e3o no mercado atrav\u00e9s de um procedimento centralizado da UE, desde 1995. No caso de n\u00e3o sermos capazes de acordar um sistema de reconhecimento m\u00fatuo, a licen\u00e7a de cada um destes medicamentos teria de ser revista, o que \u00e9 uma tarefa demorada e dispendiosa.<\/p>\n

O governo j\u00e1 tomou a decis\u00e3o de deixar o tratado europeu de seguran\u00e7a nuclear, EURATOM, aparentemente sem qualquer avalia\u00e7\u00e3o de impacto efetivo. A sa\u00edda deste tratado constitui uma verdadeira amea\u00e7a ao fornecimento transfronteiri\u00e7o de is\u00f3topos m\u00e9dicos que\u00a0 um milh\u00e3o de doentes com cancro espera receber, todos os anos.<\/p>\n

Escrevi ao Governo, juntamente com o meu colega deputado do Parlamento Europeu, Keith Taylor, solicitando aos ministros a reavalia\u00e7\u00e3o da decis\u00e3o de deixar o EURATOM ou, pelo menos, de assumir urgentemente um compromisso t\u00e3o pr\u00f3ximo quanto poss\u00edvel com este tratado ap\u00f3s o Brexit. \u200b \u200bPode ler a carta na \u00edntegra aqui.<\/strong><\/a><\/p>\n

O Reino Unido encontra-se tamb\u00e9m envolvido em muitos projetos de investiga\u00e7\u00e3o m\u00e9dica com outros parceiros europeus. Seis das 24 redes europeias de refer\u00eancia (ERN), que desenvolvem e implementam a pesquisa e melhores pr\u00e1ticas em doen\u00e7as raras s\u00e3o lideradas pelas autoridades de sa\u00fade do Reino Unido: estas abrangem doen\u00e7as como epilepsia e doen\u00e7as hep\u00e1ticas. O papel que o Reino Unido vai desempenhar junto destas no futuro n\u00e3o \u00e9 claro.<\/p>\n

Existem tamb\u00e9m implica\u00e7\u00f5es para a m\u00e3o de obra na \u00e1rea da sa\u00fade. Os \u00faltimos resultados demonstram que 56 em cada 1.000 trabalhadores no NHS s\u00e3o provenientes da UE27, e est\u00e3o essencialmente concentrados em Londres. Estamos a assistir a um aumento de enfermeiros da UE 27 que est\u00e3o a abandonar o sistema nacional de sa\u00fade e um abrandamento no recrutamento destes pa\u00edses. Estima-se tamb\u00e9m que existam 90.000 pessoas do resto da UE a trabalhar em assist\u00eancia social no Reino Unido: n\u00e3o \u00e9 ainda claro quantas destas pessoas poder\u00e3o permanecer aqui.<\/p>\n

Eu e os meus companheiros do Partido dos Verdes continuaremos a exigir que, durante as negocia\u00e7\u00f5es, o Governo assuma uma abordagem que coloque os doentes em primeiro lugar. Pedimos garantias concretas de que o Brexit n\u00e3o ter\u00e1 um impacto negativo nos doentes e n\u00e3o colocar\u00e1 as nossas vidas em risco.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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